Todos os anos, as tendências de comunicação interna transformam-se e ganha novas perspectivas. Porém, o grande desafio é elaborar um planejamento que colabore para o desenvolvimento e valorize profissionais e suas histórias. Desse modo, alinhar a maneira que os colaboradores percebem o ambiente de trabalho e comprometem-se faz parte do escopo da equipe de comunicação. Por isso, antes de mais nada, a estratégia da área deve estar vinculada aos objetivos macro e as atividades precisam ser realizadas de acordo com a realidade particular da Companhia e seus interesses, tornando-se uma ferramenta valiosa para a gestão.
Quando a comunicação interna é bem executada, ela pode ajudar a conectar e conscientizar, promover a troca de experiências e integrar a cultura organizacional.
Diante disso, há algumas reflexões a serem feitas:
- Como é a troca de informações importantes internamente?
- A Companhia comunica acerca da visão, valores e metas?
- As pessoas conhecem sobre o planejamento interno? Estão envolvidas?
- Sentem-se apreciadas e possuem senso de pertencimento?
Superar os obstáculos para se comunicar bem no ambiente organizacional e criar uma cultura mais forte, além de relacionamentos melhores com seus colaboradores, faz parte de suas metas em 2023? Então, continue lendo este artigo e veja algumas das tendências de comunicação interna que você precisa conhecer!
1. Realidade da organização
Antes de começar, é necessário entender que cada ambiente interno é único: não é porque um formato de comunicação funcionou para a empresa X, que dará certo na sua. Realizar estudos e customizar o discurso e os processos à sua realidade é fundamental.
Quem conhece melhor o dia a dia da empresa são os colaboradores e por isso eles precisam participar do processo comunicacional. Para conectar-se com eles e compreender o cenário interno é necessário:
- Engajar pelas atitudes
- Estar aberto(a) ao diálogo
- Humanizar para criar valor
- Envolver as equipe nas decisões
Dê visibilidade às ideias e opiniões surgidas a partir dos próprios profissionais! Muito além de reconhecimento, isso ajuda na construção do senso de pertencimento.
2. Priorização da integralidade dos colaboradores
Organizações bem sucedidas priorizam pessoas. Afinal, são elas que entregam os resultados. Em razão disso, ajudar a promover o bem-estar físico e mental dos profissionais deve fazer parte das metas de gestão e do escopo de comunicação interna.
Ao enxergar que a Companhia está preocupada com a saúde, considera suas dificuldades e comunica de acordo, há um aumento dos índices de satisfação e percepção positiva da marca empregadora por parte dos profissionais. Por isso, o papel do setor aqui é manter o diálogo aberto e ser ponte entre a área de gestão de pessoas, líderes e liderados, de maneira a fortalecer o alinhamento e a transparência sobre o que acontece dentro da instituição.
Como fazer isso?
É preciso, a princípio, estabelecer uma relação de confiança, assim como divulgar os programas de cuidado, criar canais de diálogo e fomentar a melhoria da qualidade de vida. Campanhas voltadas para a saúde e temas que conversem com o momento (Covid-19, vacinas, saúde mental, maternidade, segurança do trabalho), são extremamente necessárias.
Outra atitude relevante entre as tendências de comunicação interna é facilitar o envolvimento da liderança nas informações passadas aos colaboradores com a criação de ações e eventos direcionados a eles, por exemplo.
3. Respeito à diversidade na comunicação
Segundo a McKinsey & Company, consultoria empresarial norte-americana, empresas com diversidade étnica têm 33% mais chances de sucesso que as demais e de gênero apresentam 21% de crescimento na capacidade financeira.
A comunicação precisa refletir a realidade de quem trabalha na organização e abordar os assuntos de forma consciente, isto é, respeitosamente e sempre atenta às discussões sociais em pauta. Dessa forma, busque também adotar uma linguagem acessível a todos os públicos, independente de hierarquia e perfil.
Engajamento surge a partir da clareza das informações e a conexão das pessoas com aquilo que fazem e a mensagem recebida. Dessa forma, é possível fomentar um ambiente de trabalho dinâmico, acolhedor e representativo.
Mas, antes disso, avalie:
- Seu público interno é diverso?
- A organização recruta e retém perfis plurais? Há diversidade de gênero, cultural, etária, étnica, pessoas com deficiência, mães solo, entre outros em seu quadro de funcionários?
- Ela fornece as ferramentas para que eles atuem e gostem de trabalhar nela?
Caso não:
Primeiramente, oferte para a gestão e demais profissionais, cursos de diversidade que introduzam o tema e ajudem a compreendê-lo, para não cometer gafes, desenvolver mais empatia e saber conectar-se com os diferentes tipos de pessoas.
Caso sim:
Que tal mapear o perfil de diversidade da Companhia? Com isso, é possível desenvolver materiais mais assertivos, enaltecer as histórias dessas pessoas, suas lutas e conquistas, bem como trazer nas campanhas imagens que representam o cenário interno. Essa é uma das tendências de comunicação interna que veio para ficar.
Ao respeitar a pluralidade dos colaboradores, é possível construir
relacionamentos transparentes e duradouros, criar campanhas
eficientes e inovadoras e defensores engajados com a marca.
4. Comunicação intergeracional
Você sente dificuldades ao comunicar-se com pessoas de outras gerações? O US Bureau of Labor Statistics, dos EUA, prevê que em 2025, a Geração Y (nascidos entre 1982 e 1994) representará 75% da força de trabalho mundial. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) engloba mais de 20% dos brasileiros e já ocupa 23 milhões de postos de trabalho. O que isso significa para os profissionais de comunicação interna? Flexibilidade para adaptar-se aos contextos geracionais de fala e compreender suas necessidades será primordial.
Linguagem acessível
Dentre as características comuns às gerações Z e Y, podemos destacar: busca pelo diálogo horizontal, valorização da expressão individual, neologismos, defesa de diversas causas – principalmente de gênero, animal e ambiental –, diálogo e transparência.
Assim, conhecer melhor essas pessoas e falar a língua delas torna-se fundamental para construir uma cultura de confiança na organização.
Contudo, comunicar de modo eficaz não está apenas no que dizemos, mas em como e qual o formato falamos. Isso é ainda mais relevante quando pensamos nas novas gerações. Idealizar conteúdos personalizados é uma maneira de tornar as trocas mais claras e enriquecedoras.
5. Novas ferramentas de comunicação interna
Meios tradicionais, como murais internos, jornal corporativo e TV corporativa continuam relevantes, principalmente em ambientes operacionais ou onde o trabalho presencial prevalece ou o acesso à internet é restrito durante as atividades.
Entretanto, com o trabalho remoto e híbrido tornando-se mais comuns, ferramentas e apps podem fazer a diferença para uma comunicação mais integrada e objetiva, que engaja colaboradores, não importa onde estejam. E você, já usa alguma dessas ferramentas?
- Slack
- Teams
- Workplace
- Yammer
Na era do compartilhamento, utilizar recursos que facilitam a interação e têm o potencial de viralizar entre os colaboradores pode ser uma ótima forma de reter a atenção. Sendo assim, você incorpora alguns destes como formatos de mídia em sua comunicação?
Memes
Gifs
Figurinhas
Vídeos
Que tal realizar uma pesquisa com sua equipe e saber qual ferramenta, formato e horários são mais propícios para acompanhar os informes da empresa e dos líderes no dia a dia?
6. MAR: Mensurar, Avaliar e Redirecionar
Aperfeiçoar a gestão, avaliar, qualificar e promover mudanças pontuais – sempre que necessário – para melhorar o fluxo de comunicação, é essencial. Dispor da participação do maior número de pessoas é fundamental para colher uma base sólida de informações, cujo objetivo será a melhoria do engajamento e, consequentemente, a produtividade organizacional. De acordo com dados da Harvard Business Review, organizações com alto engajamento de funcionários superam as com baixos níveis em 200%.
Nesse momento, colocamos em prática o nosso acrônimo, MAR:
Como aplicar essa tática?
Por meio de pesquisas quantitativas e qualitativas, como opinião, satisfação e clima organizacional. Elas ajudam a entender o contexto e melhorar o conteúdo e a forma de comunicar.
Fora isso, as métricas ajudarão a desenvolver e evoluir a estratégia, corrigir déficits, comprovar o resultado de campanhas e averiguar quais temas cativam e são vistos como mais importantes.
Você conhece o termo PDCA?
Planejar-Fazer-Verificar-Ajustar (Plan-Do-Check-Adjust, em Inglês), ou PDCA, é uma metodologia que nos convida a exercer um olhar mais atento aos processos de comunicação interna e a importância de cada um para resultados eficazes. É uma grande aliada de gestores para mensurar o retorno de campanhas, avaliar resultados e falhas, a fim de redirecionar o que precisa ser feito para elevar os níveis de engajamento, satisfação e clareza na comunicação.
O que você achou dessas tendências de comunicação interna? Em sua opinião, quais outros itens poderiam entrar nela? Conte nos comentários!
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